Roberto Gómez Bolaños e Pedro Vargas |
Versão em português:
No início de sua
carreira, Roberto Gómez Bolaños foi o responsável por roteirizar importantes
programas da televisão mexicana. Na década de 1960, quando já trabalhava com
Viruta y Capulina em Cómicos y Canciones, Chespirito foi convidado para substituir
Juan Lozano como roteirista em El Estudio de Pedro Vargas, programa de grande
sucesso que começou a ser exibido em 1955, pelo Canal 2.
Hoje os fãs de
Roberto Gómez Bolaños pouco conhecem deste programa. Por isso, a primeira Edição
de Luxo do Blog La Chicharra volta até o ano de 1955, trazendo uma reportagem da
revista TV-55 – uma das primeiras publicações da imprensa mexicana sobre
televisão – para desvendar o clássico El Estudio de Pedro Vargas. E nada melhor do que as palavras de Roberto
Gómez Bolaños sobre o programa, presentes em sua biografia Sin Querer
Queriendo, para iniciar esta edição:
“Um dia me mandaram chamar da Publicidad D’Arcy (que continuava sendo a maior produtora de programas de televisão) e me pediram que me encarregasse dos roteiros do célebre programa Estudio Raleigh de Pedro Vargas. O escritor da famosa série havia sido até então meu companheiro de trabalho em D’Arcy, o excelente Juan Lozano, mas este havia recebido uma incrível oferta de trabalho em outra agência e havia aceitado. Assim, aceitei o trabalho da agência, que me ofereceu um salário magnífico para escrever os roteiros. Era a Providência que se apresentava a mim oportunamente, pois o fato acontecia quando as relações com Capulina não iam muito bem. Por tanto, decidi deixar Cómicos y Canciones para me dedicar em cheio ao Estudio de Pedro Vargas, mas o senhor Riverol, manda-chuva da Publicidad D’Arcy, se apressou em dizer-me que não havia razão de deixar um dos programas; que eu poderia muito facilmente escrever ambas as séries. E eu estava de acordo com ele, pois os programas eram muito diferentes entre si, mas eu duvidava que Viruta e Capulina pensassem da mesma maneira. Entretanto, quando souberam que no caso de eu ver-me obrigado a escolher, eu me decidiria pelo Estudio de Pedro Vargas, me disseram que não havia inconveniente.
“Um dia me mandaram chamar da Publicidad D’Arcy (que continuava sendo a maior produtora de programas de televisão) e me pediram que me encarregasse dos roteiros do célebre programa Estudio Raleigh de Pedro Vargas. O escritor da famosa série havia sido até então meu companheiro de trabalho em D’Arcy, o excelente Juan Lozano, mas este havia recebido uma incrível oferta de trabalho em outra agência e havia aceitado. Assim, aceitei o trabalho da agência, que me ofereceu um salário magnífico para escrever os roteiros. Era a Providência que se apresentava a mim oportunamente, pois o fato acontecia quando as relações com Capulina não iam muito bem. Por tanto, decidi deixar Cómicos y Canciones para me dedicar em cheio ao Estudio de Pedro Vargas, mas o senhor Riverol, manda-chuva da Publicidad D’Arcy, se apressou em dizer-me que não havia razão de deixar um dos programas; que eu poderia muito facilmente escrever ambas as séries. E eu estava de acordo com ele, pois os programas eram muito diferentes entre si, mas eu duvidava que Viruta e Capulina pensassem da mesma maneira. Entretanto, quando souberam que no caso de eu ver-me obrigado a escolher, eu me decidiria pelo Estudio de Pedro Vargas, me disseram que não havia inconveniente.
-
Mas qual o problema? – me disse Capulina – você tem capacidade para escrever
dois, quatro, até mil programas aos mesmo tempo.
E
a verdade é que eu não só podia fazer, como também em pouco tempo esses dois
programas, escritos por mim, competiam semana a semana para obter o primeiro
lugar de audiência (o outro obtinha o segundo). Ainda que devo esclarecer que a
parte principal do sucesso deve corresponder àqueles que apareciam na tela,
pois assim como Cómicos y Canciones contava com os famosos Viruta e Capulina,
el Estudio Raleigh contava também com três figuras de primeiríssima categoria:
Pedro Vargas (protagonista do programa), Paco Malgesto (insuperável locutor,
condutor e animador) e Daniel “el Chino” Herrera, um comediante de Yucatán que
irradiava simpatia e graças naturais, qualidades que se deveriam acrescentar a
uma capacidade artística de primeira ordem. Também era muito importante a
participação do simpatiquíssimo e excelente locutor León Michel na parte
comercial. Tudo reunido na eficiente produção dos dois programas, ambos a cargo
de meus amigos Mario de la Piedra e Guillermo Núñez de Cáceres. (GÓMEZ BOLAÑOS, Roberto. Sin querer queriendo. Memorias. México: Aguilar, 2006, p. 147-149).
Pedro Vargas |
Versión en español:
En el inicio de su carrera, Roberto Gómez Bolaños fue el responsable por hacer
el libreto de importantes programas de la televisión mexicana. En la década de
1960, cuando ya trabajaba con Viruta y Capulina en Cómicos y Canciones,
Chespirito fue invitado a substituir Juan Lozano como libretista en El Estudio
de Pedro Vargas, programa de grande suceso que empezó a ser exhibido en 1955, por
el Canal 2.
Hoy los fans de Roberto Gómez Bolaños poco conocen de este programa. Así, la
primera Edición de Lujo del Blog La Chicharra vuelve hasta el año de 1955, trayendo
un reportaje de la revista TV-55 – una de las primeras publicaciones de la prensa
mexicana sobre televisión – para desvendar el clásico El Estudio de Pedro
Vargas. Y nada mejor de que las palabras
de Roberto Gómez Bolaños sobre el programa, presentes en su biografía Sin Querer
Queriendo, para empezar esta edición:
“Un día me mandaron llamar de Publicidad D’Arcy (que
seguía siendo la mayor productora de programa de televisión) y me pidieron que
me encargara de los libretos del célebre programa Estudio Raleigh de Pedro Vargas. El escritor de la afamada serie
había sido hasta entonces quien fuera mi compañero de labores en D’Arcy, el
excelente Juan Lozano, pero éste había recibido una estupenda oferta de trabajo
en otra agencia y la había aceptado. Así pues, acudí a la agencia, en la cual
me ofrecieron un sueldo magnífico para escribir los libretos. Era la
Providencia que se me presentaba oportunamente, pues el hecho acontecía cuando
las relaciones con Capulina no marchaban del todo bien. Por tanto, decidí dejar
Cómicos y Canciones para dedicarme de lleno al Estudio de Pedro Vargas, pero el
señor Riverol, mandamás de Publicidad D’Arcy, se apresuró a decirme que no
había razón para dejar uno de los programas; que yo podría muy fácilmente
escribir ambas series. Y yo estaba de acuerdo en ello, pues los dos programas
eran muy diferentes entre sí, pero dudaba que Viruta y Capulina pensaran de la
misma manera. Sin embargo, cuando supieron que en caso de verme obligado a
escoger, yo me decidiría por el Estudio de Pedro Vargas, me dijeron que no
había inconveniente.
- ¿Pero cuál es el problema? – me dijo Capulina – tú
tienes capacidad para escribir dos, cuatro y hasta mil programas al mismo
tiempo.
Y la verdad es que no sólo pude hacerlo, sino que al poco
tiempo esos dos programas, escritos por mí, competían semana a semana por obtener
el primer lugar en el rating (el otro obtenía el segundo). Aunque debo aclarar
que la parte principal del éxito debe haber correspondido a quienes aparecían
en pantalla, pues así como Cómicos y Canciones contaba con los famosos Viruta y
Capulina, el Estudio Raleigh contaba también con tres figuras de primerísima
categoría: Pedro Vargas (titular de la serie), Paco Malgesto (insuperable
locutor, conductor y animador) y Daniel “el Chino” Herrera, un comediante
yucateco que irradiaba simpatía y gracias naturales, cualidades que se debían
añadir a una capacidad histriónica de primer orden. También era muy importante
la participación del simpatiquísimo y excelente locutor León Michel en la parte
comercial. Todo aunado a la eficiente producción de las dos series, ambas a
cargo de mis amigos Mario de la Piedra y Guillermo Núñez de Cáceres. (BOLAÑOS,
Roberto. Sin querer queriendo. Memorias.
México: Aguilar, 2006, p. 147-149).
Paco Malgesto e Roberto Gómez Bolaños |
Roberto Gómez Bolaños e Daniel "el Chino" Herrera |
Capa da edição 7 da revista "TV-55" (Portada de la edición 7 de la revista "TV-55") |
Dados editoriais da edição 7 da revista "TV-55" (Datos editoriales de la edición 7 de la revista "TV-55") |
Versão da reportagem traduzida para o português: Aqui
Alguns vídeos do programa, retirados do Youtube:
Parabéns, Cassio! Ótimas informações, fotos, vídeos, enfim...
ResponderExcluirMuito bom!
Ya he dicho que el Blog La Chicharra siempre busca la excelencia? Ahora viaja 57 años atrás y nos presenta el estudio de Pedro Vargas cuando era novedad. Gran programa!
ResponderExcluirParabéns pelo magnífico post, Cassio! Ainda há muito a descobrir sobre os primórdios da carreira artística de Chespirito. "La Chicharra", como de costume, enriquecendo o meio CH.
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